Momento FEB - A obra de Allan Kardec. 03/05/2013. Palestrante: Antonio Cesar Perri 

Fonte: http://youtu.be/STdmsP4E2tA 

FEB: 130 ANOS!
REFORMADOR: 131 ANOS! SESQUICENTENÁRIO DE O Evangelho segundo o Espiritismo!

Antonio Cesar Perri de Carvalho 

26/12/2013 - 08 h 54 

O ano de 2014 assinala efemérides muito significativas.

Há 210 anos nascia o Codificador da Doutrina Espírita (3/10/1804). Trinta anos depois vinha ao mundo Bittencourt Sampaio (1º./2/1834) que produziu o notável A Epopéia do Evangelho. Há 150 anos Allan Kardec lançava O Evangelho segundo o Espiritismo (1864). A fundação da FEB há 130 anos (2/1/1884) consolidava esforços predecessores de pioneiros como Bittencourt Sampaio e abria espaço para a divulgação das Obras Básicas. O Evangelho segundo o Espiritismo constituiu-se no livro mais editado pela FEB.

Além dessas efemérides e muitas outras destacamos algumas ligadas à FEB, à sua Editora e ao CFN:

140 anos de nascimento de Manuel Quintão (ex-presidente da FEB); 100 anos de desencarnação de Frederico Júnior (médium e atuante em grupos que originaram a FEB); 100 anos de evangelização infantil na FEB (14/6/1914); 70 anos de desencarnação de Luiz Barreto Alves Ferreira (ex-presidente da FEB); 50 anos de desencarnação de Luís da Costa Porto Carreiro Neto (esperantista e autor de livros da FEB); 40 anos de desencarnação de Antônio Wantuil de Freitas (ex-presidente da FEB); 30 anos de desencarnação de Yvonne do Amaral Pereira (médium com vários livros editados pela FEB); 70 anos de lançamento dos livros: Nosso Lar, Os mensageiros, O livro de Tobias, Cartilha da natureza; 60 anos de lançamento dos livros: Entre a Terra e o Céu, Palavras de Emmanuel, Canções do alvorecer; 50 anos de lançamento dos livros: Contos desta e doutra vida,  Dicionário da alma, Dramas da obsessão, Ressurreição e vida, Desobsessão, O sermão da montanha, O livro dos médiuns em esperanto; 40 anos de lançamento dos livros: O drama da Bretanha, Sublimação,  A caminho da luz em esperanto; 20 anos de lançamento da Campanha “Viver em Família”.

Há boas razões inspiradoras e excelentes bandeiras para serem desfraldadas para se fortalecer a difusão do pensamento espírita e para se contribuir com a melhoria da sociedade.

Antonio Cesar Perri de Carvalho - presidente da FEB. 


Revista Reformador

Augusto Elias da Silva concretizou uma aspiração não somente sua, mas de muitos espíritas de sua época. Desde 1865 os espiritistas brasileiros sentiam a necessidade de propagar a Doutrina dos Espíritos por meio da imprensa. Naquela época o Espiritismo contava já com muitos adeptos, no Rio de Janeiro, na Bahia, em São Paulo e em outras províncias.

Em 1869 surgiu na Bahia o primeiro órgão da imprensa espírita brasileira, O Écho d”Além-Túmulo, fundado e dirigido por Luís Olímpio Teles de Menezes. Consideráveis tentativas haviam sido feitas também no Rio de Janeiro, com o objetivo de propagar a Doutrina por meio da imprensa. Prova disso foi a Revista Espírita, dirigida pelo Dr. Antônio da Silva Neto, vice-presidente do Grupo Confúcio, a qual teve vida efêmera, aparecendo em 1º de janeiro de 1875 e desaparecendo ao fim de seis meses. Outra tentativa foi a Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade, que subsistiu de janeiro de 1881 a julho de 1882.

É nesse meio que o fotógrafo de profissão, Augusto Elias da Silva, idealiza, funda e faz circular o Reformador — Orgam Evolucionista, a serviço da Grande Causa.

“Abre caminho, saudando os homens do presente que também o foram do passado e ainda, hão de ser os do futuro, mais um batalhador da paz: o Reformador. Com essas palavras iniciais apresentava-se, em 21 de janeiro de 1883, o novo órgão da imprensa espírita.

Há muito Reformador se tornou o mais antigo periódico da imprensa espírita brasileira. Em todo o mundo, ocupa o quinto lugar em antiguidade.

Registram os Anais da Biblioteca Nacional (Vol, 85) ser o Reformador um dos quatro periódicos surgidos no Rio de Janeiro, de 1808 a 1889, que sobreviveram até os dias de hoje. São eles, pela ordem: Jornal do Commercio (1827); Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1839); Diário Oficial (1862); Reformador (1883). À exceção do Diário Oficial, Reformador é o único que jamais teve interrompido sua publicação.

Difusor do Espiritismo e da Paz

Aos 21 de janeiro de 1883, veio a lume o primeiro exemplar de Reformador, tendo como subtítulo “Órgão Evolucionista”, anunciando:

Abre caminho, saudando os homens do presente, que também o foram do passado e ainda hão de ser os do futuro, mais um batalhador da paz: – o Reformador. (¹) 

Augusto Elias da Silva (1848-1903) foi o fundador desta Revista. Um ano depois, fundou a Federação Espírita Brasileira, que absorveu a revista como seu órgão oficial.

Nesses 130 anos de circulação ininterrupta – fato raro na história do periodismo brasileiro –, Reformador transformou-se em um referencial para o Movimento Espírita brasileiro.

A revista da FEB tem veiculado orientações doutrinárias, recomendações para os Centros e o Movimento Espíritas e notícias. O manuseio de suas edições, agora em processo de digitalização para o Portal da FEB, permite a reconstrução da trajetória do Espiritismo no Brasil.

Os objetivos iniciais da Revista pioneira estão sendo mantidos. Conserva a fidelidade aos propósitos de seu fundador, exarados na página de abertura da publicação inaugural, ao considerar que “ao Espiritismo estava reservado o papel difícil, mas, por isso mesmo glorioso de estabelecer – a aliança da ciência e da religião”,1 e prossegue como um “batalhador da paz”, 1 que é uma estratégia de ação da Doutrina Espírita.

Da saudação, focalizando o fundador de Reformador, feita por Sylvio Brito Soares, destacamos:

Meus amigos: Com os nossos espíritos genuflexos, elevemos os pensamentos ao Pai Celestial, implorando hoje e sempre paz e luz ao Espírito de escol de AUGUSTO ELIAS DA SILVA! (²)

As homenagens da Federação Espírita Brasileira a Augusto Elias da Silva! Com seu destemor e idealismo, a difusão do Espiritismo foi solidamente plantada nas terras do Cruzeiro do Sul.

(¹) Reformador, ano 1, n. 1, p. 1, 21 de janeiro de 1883.

(²) WANTUIL, Zêus. Grandes espíritas do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 197.  

             A Revelação Espírita

Por Marta Antunes.

A palavra Espiritismo é um  neologismo criado por Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos: “Para coisas novas precisamos de palavras novas; assim o exige a clareza da linguagem, para evitarmos a confusão inerente ao sentido múltiplo dos mesmos termos. [...]. Em lugar das palavras espiritual, espiritualismo, empregaremos, para designar esta última crença, as palavras espírita e espiritismo. [...] Diremos, pois, que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do  mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas ou, se quiserem, os espiritistas. [...].1

A revelação espírita tem como proposta fundamental reviver e explicar, em espírito e verdade, os ensinamentos de Jesus. Daí ser conhecida como O Consolador Prometido por Jesus ou O Cristianismo Redivivo. Além do mais, a revelação espírita demonstra “[...]  por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. [...]”2

O conhecimento de tal fato não pode deixar de acarretar, generalizando-se, profunda modificação nos costumes, caráter, hábitos, assim como nas crenças que tão grande influência exerceu sobre as relações sociais. É uma revolução completa a operar-se nas ideias, revolução tanto maior e mais poderosa por não se circunscrever a um povo, nem a uma casta, visto atingir simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos. Razão há, pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes revelações. [...].3

Referências:

  1. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Introdução I.
  2. ____. O evangelho segundo o Espiritismo. 1. ed. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de janeiro: FEB, 2008. Cap.1, item 5
  3. A gênese. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 1, item 20.

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