Jaqueline Farias Santos é a Diretora do Departamento de Infância 

e Juventude - DIJ 


Visitem o site do DIJ na FEB: http://www.dij.febnet.org.br/



Os Pais são responsáveis e assumiram na espiritualidade um compromisso com o direcionamento dos seus filhos. 
Matricule seu filho na Evangelização Infanto Juvenil do Centro Espírita.

Juliana Jordan na VI Gincana da Juventude do GEFA 


GEFA - Grupo Espírita Francisco de Assis 

Rua José Felix Damasceno, 94 - Piedade, Jaboatão dos Guararapes, PE

Evangelização Infantil:

Sábados das 14h00 às 15h00.
Domingos das 16h30 às17h30.



Sugestão de Leitura: ESTUDANDO O ESPIRITISMO COM A TURMA DO DEQUINHO, por Clésio Ibiapina Tapety, Terezina, Piaui, 2004.

Acesse os slides-share, clicando no link: http://pt.slideshare.net/anaccc2013/estudando-o-espiritismo?v=default&b&from_search=16


EDUCAÇÃO – A CHAVE PARA A FELICIDADE 


"Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo."
(Paulo Freire.)

Desde todos os tempos, desde que o homem conquistou algum discernimento, começou o lento trabalho do seu burilamento através de incontáveis experiências, algumas bem sucedidas, outras nem tanto, mas que, no devido tempo e com a devida persistência e tenacidade, tanto umas como outras resultaram em seu progresso.

À custa de uma longa caminhada de n milênios, passando por todo tipo de conjunturas, situações e condições, foi a humanidade assenhorando-se de descobertas e conhecimentos técnicos, científicos, culturais e intelectuais que lhe permitiram, a cada novo passo, melhor abrigar-se, melhor alimentar-se, melhor proteger-se, mais facilmente conquistar poder, benefícios e supremacia que equivocadamente passou a exercer sobre os que, ainda que parte dessa mesma humanidade, de alguma forma e por algum motivo, estavam ou ficavam à retaguarda ou em posição considerada inferior.

Apesar disso, a história nos mostra alguns membros que, usando essas mesmas descobertas, esses mesmos conhecimentos, elaboraram algo mais, possível a todos na verdade, mas que poucos distinguiram como fundamental para efetivamente bem viver - esse algo mais é EDUCAÇÃO.

Cultura e conhecimentos, sejam quais forem, os mais avançados, não asseguram ao homem a garantia de segurança, de tranquilidade, de paz, de felicidade - objetivos por todos ansiados, mas que, na verdade, poucos, malgrado seus altos níveis intelectuais, alcançam. Em geral são justamente esses os que, insatisfeitos e entediados com o vazio e a insignificância dos valores com que se abarrotaram, atolados em excessos de todo tipo, que se agarram às ilusões de poder e se julgam com direitos sobre tudo e todos.

Em Obras Póstumas, no capítulo Credo Espírita, Allan Kardec, nosso lúcido mestre espírita, já esclarecia que "por melhor que seja uma instituição social, sendo maus os homens, eles a falsearão e lhe desfigurarão o espírito para a explorarem em proveito próprio" . E os fatos constatados no decorrer da história comprovam sobejamente essa afirmação. Tanto no passado remoto, no passado próximo, como no presente ainda, é o que estamos vendo acontecer dia após dia, apesar de todas as leis e instituições as mais variadas sobejamente próprias ao bom procedimento de todos os membros de nossa sociedade.

Ainda no mesmo capítulo citado, encontramos outra advertência kardeciana atualíssima: "O progresso individual não consiste apenas no desenvolvimento da inteligência, na aquisição de alguns conhecimentos. Nisso mais não há do que uma parte do progresso, que não conduz necessariamente ao bem, pois que há homens que usam mal do seu saber. Muito mal pode fazer o homem de inteligência mais cultivada". Também verificamos a veracidade dessa assertiva quando observamos o grau de instrução, muitas vezes bastante elevado, daqueles que hoje ainda se envolvem com atos e atitudes nocivas à coletividade e, sobretudo, a si próprios...

Entretanto, felizmente hoje já compreendemos a grande diferença entre INSTRUÇÃO e EDUCAÇÃO. Hoje já percebemos que INSTRUÇÃO é aquisição de informação, de dados, de conhecimentos culturais e/ou científicos em algumas ou em muitas das áreas de atuação do homem. Enquanto que EDUCAÇÃO é a maneira como utilizamos esses conhecimentos; é conquista realizada à custa de esforço no melhoramento ético-moral individual; é sobrepor ao interesse pessoal egoístico o interesse pelo próximo, pela coletividade.

Por isso também Kardec (no mesmo capítulo) afirma: "a questão social não tem, pois, por ponto de partida, a forma de tal ou qual instituição; ela está toda no melhoramento moral dos indivíduos e das massas. Aí é que se acha o princípio, a verdadeira CHAVE DA FELICIDADE do gênero humano, porque então os homens não mais cogitarão de se prejudicarem reciprocamente. NÃO BASTA SE CUBRA DE VERNIZ A CORRUPÇÃO - É NECESSÁRIO EXTIRPAR A CORRUPÇÃO. É pela EDUCAÇÃO mais do que pela instrução que se transformará a Humanidade" .

Por isso ainda o sábio Codificador nos demonstra que "o princípio do melhoramento está na natureza das crenças, porque estas constituem o móvel das ações e modificam os sentimentos; também está nas ideias inculcadas desde a infância e que se identificam com o Espírito" . Mas que crenças seriam essas, capazes de nos tocar a ponto de nos fazer procurar esse melhoramento que, em muitos casos, significa abnegação, renúncia de valores e de condições até então por nós considerados como essenciais ao nosso sucesso e felicidade?

Como ensina a nossa Doutrina Espírita, é a crença no futuro, na imortalidade, na pluralidade das existências, na lei de causa e efeito e de reciprocidade que nos abrem o entendimento do verdadeiro significado da solidariedade e de que "a fraternidade se funda numa lei da Natureza e no interesse de todos".

Fonte: Correio Espírita. http://www.correioespirita.org.br/

Encerramento da Juventude Espírita do GEFA 2013


EVANGELIZAÇÃO 

INFANTIL



Um ano de muito trabalho, reflexões, doações,

aprendizado. Vivendo como Jesus nos ensinou.

Agradecemos por essa oportunidade


Mirella Colaço

Evangelizadora. 

Conquanto seja o lar a escola por excelência [...] [os pais] jamais deverão descuidar-se de aproximá-los dos serviços da evangelização, em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem diante do porvir. Bezerra de Menezes1 

A família assume relevante função no processo evolutivo dos Espíritos reencarnantes. A maternidade e a paternidade constituem verdadeiras missões, visto que “Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem” (O Livro dos Espíritos, questão 582). Os pais e familiares representam, nesse sentido, evangelizadores por excelência, assumindo séria tarefa educativa junto às crianças e aos jovens que compõem seu núcleo familiar:

[...] inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?” (Santo Agostinho, O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 14, it. 9).

Tendo em vista a relevante orientação, os núcleos familiares devem promover um ambiente doméstico afetuoso, coerente e evangelizador, de modo a favorecer o desenvolvimento moral dos filhos e a orientá-los para o caminho do bem. A reunião de Evangelho no Lar representa especial momento de estudo em família, convivência e aprendizagem, e os grupos e reuniões de pais oferecidos pelas Instituições Espíritas podem auxiliá-los a melhor compreenderem a sublime oportunidade da maternidade e da paternidade. Portanto, “que os pais enviem seus filhos às escolas de evangelização, interessando-se pelo aprendizado evangélico da prole, indagando, dialogando, motivando, acompanhando…” (Guillon Ribeiro2).

1Bezerra de Menezes (Mensagem recebida pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, em sessão pública no dia 2/8/1982, na Casa Espírita Cristã, em Vila Velha, Espírito Santo. Fonte: Apostila Opinião dos Espíritos sobre a Evangelização Espírita Infantojuvenil, FEB)

2Guillon Ribeiro (Página recebida em 1963, durante o 1o Curso de Preparação de Evangelizadores — CIPE, realizado pela Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro. Fonte: Apostila Opinião dos Espíritos sobre a Evangelização Espírita Infantojuvenil, FEB) 

 

JUVENTUDE: SOME ESFORÇOS, MULTIPLIQUE TALENTOS

11/05/2012 Por jeronimomendonca1


A Juventude representa fase importante para o desenvolvimento do espírito.
Enquanto ser reencarnante em processo de aprimoramento, o jovem trilha caminhos que o convidam, continuamente, ao autoconhecimento e à escolha de atitudes alinhadas aos seus objetivos e ideais, comprometendo-se com uma opção mais consciente de vida. Mediante os desafios da atualidade, a mensagem de Jesus à luz do Espiritismo representa roteiro seguro e convida o jovem, igualmente, a assumir-se como tarefeiro no bem e a colaborar na construção do mundo novo.

A contribuição na seara espírita favorece ao jovem o conhecimento mais aprofundado da Doutrina Espírita e a vivência mais próxima do Movimento Espírita, permitindo unir cabeças, corações e mãos em prol da promoção do bem e da construção da paz.

A criação e o fortalecimento dos laços entre o jovem e a Casa Espírita trazem benefícios para todos:

Para a Casa Espírita e para o Movimento Espírita

·         Enaltece a função educativa da Casa Espírita pelo acesso à vivência do Evangelho Cristão;

·         integra os diversos segmentos etários, fortalecendo a troca de experiências e o sentimento de união;

·          orienta trabalhadores – atuais e futuros – nos diversos campos de atuação espírita;

·         renova as habilidades dos atuais trabalhadores e compartilha experiências aos novos colaboradores;

·         valoriza as habilidades e talentos dos jovens colaboradores, orientando-os e acompanhando-os na diretriz doutrinária das ações da Casa Espírita;

·         proporciona o aumento de trabalhadores qualificados;

·         investe na continuidade, a médio e a longo prazos, dos trabalhos desenvolvidos pela Casa Espírita

Para o Jovem

·         Desperta para a oportunidade do trabalho voluntário na seara cristã, contribuindo para a realização de diferentes atividades oferecidas pela Casa Espírita;

·         participa de um processo permanente de formação para ação no bem, contando com o acompanhamento seguro de pessoas mais experientes;

·         vivencia o sentido de solidariedade, de responsabilidade e de compromisso com o aprimoramento de si e do meio social;

·         cria o hábito do estudo, que contribui para o autoconhecimento e amplia a capacidade de fazer escolhas;

·         desenvolve novas competências e habilidades que contribuirão com as atividades que desempenha nos demais contextos sociais;

·         constrói vínculos de amizade e fortalece as relações sociais.

OPORTUNIDADE NA CASA ESPÍRITA + ORIENTAÇÃO ADEQUADA = TRABALHADOR DO BEM

A necessária OPORTUNIDADE para servir deve sempre acompanhar a imprescindível ORIENTAÇÃO aos jovens tarefeiros, a fim de que se prepararem adequadamente para as atividades que serão abraçadas, respeitando-se a disponibilidade e a área de interesse.

Algumas recomendações, baseadas no documento “Orientação ao Centro Espírita” (CFN/FEB, 2006), poderão auxiliar os dirigentes de Casas Espíritas e os coordenadores da Área de Infância e Juventude:

·         As atividades dos jovens junto a outros setores, ou fora do Centro Espírita, devem ser sempre orientadas pelo dirigente/coordenador de Juventude ou pela Diretoria do Centro.

·         Propiciar aos jovens a capacitação para desempenhar atividades no Centro Espírita tais como: colaboração nas aulas para crianças, prestação de serviços nos setores de secretaria, tesouraria, informática e atividades assistenciais; colaboração nas reuniões públicas, doutrinárias, quer ocupando a tribuna, quer realizando outras atividades programadas para essas reuniões, e ajudar na divulgação da Doutrina.

Conforme nos aponta Emmanuel:

“a juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto. Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com o êxito desejável.”

 (Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Caminho, Verdade e Vida, FEB)

Trabalhemos, pois, apontando caminhos e caminhando juntos, para que a juventude encontre êxito nessa importante viagem reencarnatória.

A IMPORTÂNCIA DA EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

06 de fevereiro de 2014 às 22:02

Temos ouvido alguns confrades afirmarem: 

- “Eu não forço os meus filhos, para a evangelização espírita, porque eu sou liberal.” 

Ao que poderia ajuntar: 
- “Porque não tenho força moral.” 

 Se o filho está doente, ele o força a tomar remédios; se o filho não quer ir à escola, ele o força. Isto porque acredita no remédio e na educação. Mas não crê na religião quando afirma: 

- “Vou deixá-lo crescer, depois ele escolherá.” 

Para mim representa o mesmo que o deixar contaminar-se pelo tétano ou outra enfermidade, para depois aplicar o remédio, elucidando: 
- “Você viu que não deve pisar em prego enferrujado? Agora, irei medicá-lo.” 
Ou tuberculoso, falar-lhe dos preceitos da higiene e da saúde.


Se nós damos a melhor alimentação, o melhor vestuário, o melhor colégio, dentro das nossas possibilidades, aos filhos, porque não lhes damos a melhor religião, que é aquela que já elegemos? Que os filhos, quando crescerem, larguem-na, que optem depois. Cumpre aos pais o dever de dar o que há de melhor. Se eles encontraram, no Espiritismo, a diretriz de libertação, eis o melhor para dar e não deixar a criança escolher, porque esta ainda não sabe discernir. Vamos orientá-los. Vamos “forçá-los”, entre aspas, motivando-os, levando-os, provando em casa, pelo nosso exemplo, que o Espiritismo é o que há de melhor. Não, como fazem muitos: obrigam os filhos irem à evangelização e, em casa, não mantém uma atitude espírita. É natural que os filhos recalcitrem, porque vêem que tal não adianta, pois que os pais são espíritas, mas em casa, decepcionam.
Se, todavia, os pais são espíritas em casa, eles irão felizes, às aulas de evangelização e de juventude, porque estão impregnados do exemplo.

DIVALDO FRANCO

OBSERVAÇÃO: Na evangelização a criança (que é um espírito velho em corpo novo) poderá receber ajuda e os Benfeitores Espirituais podem conduzir o seu desafeto (obsessor), se for o caso, ao tratamento espiritual. (Manoel P. de Miranda, do livro, Sexo e Obsessão).

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC.

"Creio que a importância do Evangelho de Jesus, em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física.A vida está repleta da beleza de Deus e por isso não nos será lícito entregar o coração ao desespero, porque a vida vem de Deus, tal qual o Sol maravilhoso nos ilumina". 

(Chico Xavier). 

Evangelização Infantil

Essa entrevista foi realizada por Sônia Barsante Santos e publicada pelo jornal “A Flama Espírita”, de Uberaba – MG, em 25 de dezembro de 1971 sob o título de “Entrevista com Chico Xavier sobre o Pré-Mocidade.

P – Como o Senhor vê o curso Pré-Mocidade?

R – Nós reconhecemos pessoalmente a nossa incompetência para interferir nos assuntos de educação, mas, como espírita militante, nós vemos no Curso Pré-Mocidade uma iniciativa das mais edificantes, porque o Curso encontra os nossos companheiros reencarnados entre a infância e a juventude num período em que nós acreditamos seja mais proveitosa a aplicação de normas educativas capazes de auxiliar a criatura durante a sua encarnação na Terra. Concordamos que o Pré-Mocidade é um empreendimento dos mais dignos e que merece a atenção de todas as instituições do Espiritismo Cristão, principalmente.

PROGRAMA PARA OS JOVENS

P – Sendo a fase da adolescência de transição. o que o Senhor julga mais importante para se dar aos jovens neste Curso?

R – Cremos que é nossa obrigação ministrar conhecimentos práticos em torno da vida prática, ideias tão sólidas quanto possíveis, quanto á realidade da vida em si. Precisamos acordar não só a juventude como também a madureza para as questões da autenticidade. Devemos ser nós mesmos com a aceitação até mesmo de nossas próprias imperfeições, para que venhamos a conhecer-nos por dentro, melhorando o nosso padrão de vida íntima, com a reforma que a Doutrina Espírita nos aconselha e com o aproveitamento máximo de nosso tempo de reencarnação.

ESTUDO EM GRUPO

P – O estudo em grupo é hoje um método muito divulgado. Este método é vantajoso para o adolescente?

R – Tanto para os jovens como para os adultos o estudo em grupo é o mais eficiente até porque nós não podemos esquecer que na base do Cristianismo, o próprio Jesus desistiu de agir sozinho, procurando agir em grupo. Ele reconheceu a sua missão divina, constituiu um grupo de doze companheiros para debater os assuntos relativos á doutrina salvadora do Cristianismo, que o Espiritismo hoje restaura, procurando imprimir naquelas mentes, vamos dizer, todo o programa que ainda hoje é programa para nossa vida, depois de quase vinte séculos. Programa de vivência que nós estamos tentando conhecer e tanto quanto possível aplicar na Doutrina Espírita, no campo de nossas lides e lutas cotidianas.

MOTIVAÇÃO DE AULAS DOUTRINÁRIAS

P – De que modo podemos fazer o adolescente interessar-se realmente pelas aulas de Doutrina? Que motivação usaríamos?

R – Creio que um entendimento entre os professores para que eles possam estudar o problema do relacionamento entre eles e os alunos é uma iniciativa que nós não podemos desprezar, porque aprendemos com os nossos benfeitores espirituais que cada espírito é um mundo por si. Que Deus não dá cópias; cada um de nós é uma criação independente, de modo que precisamos estudar a natureza, as tendências, os problemas, as dificuldades, as facilidades de cada um de nossos companheiros que levam o nome de nossos aprendizes, para que venhamos a beneficiá-los com a nossa influência, os ensinamentos de que sejamos portadores. Mas embora sejamos apaixonados pelas estórias que usam apólogos e símbolos, nós acreditamos que estamos atravessando agora num período de progresso da Humanidade em que devemos usar a verdade tanto quanto possível, mas a verdade que não fira a verdade que não destrua, porque se o professor é autêntico, descobre autenticidade em seu aluno; encontra a chave para penetrar na mente e no coração do aluno, de modo a auxiliá-lo. Então o problema do relacionamento é problema vital em toda escola. Devemos estudar observar bem para que nós venhamos a criar o clima capaz de interessar os nossos irmãos adolescentes no estudo da verdade. Entretanto, somos também de parecer que cada Centro Espírita é um educandário em que os adultos também estão na mesma posição. Nós precisamos descobrir quais as motivações para que os adultos se interessem pela Doutrina Espírita. Não somente receber os benefícios, como sejam os benefícios da prece, do passe, do amparo espiritual, do auxilio magnético, mas a luta da criatura em si para o conhecimento dela própria, à luz da verdade. São assuntos da atualidade, que nós precisamos estudar para penetrá-los devidamente.

P – Para despertar então no adolescente o amor à Doutrina, o caminho seria este?

R – Cremos que sim: o amor à Doutrina com demonstrações da vida prática.

DEBATES E RESPEITO

P – Quer dizer que o senhor acha que devem constar do programa do Curso Pré-Mocidade, além da parte Doutrinária, aulas práticas?

R – Se houvesse possibilidade, aulas expressando contatos humanos entre os professores e alunos, palestras, conversações em grupo, em que cada um pudesse expor suas ideias, mas sem provocar de nenhum modo em ninguém, nem o espanto, nem o ridículo, quando estas ideias destoassem das ideias chamadas normais entre as pessoas. O aluno poderia se exteriorizar como ele é, o professor aceitá-lo como ele é, ajudá-lo como ele é, para que ele possa produzir melhor na vida dele. Nós estamos atravessando uma época em que toda imposição espiritual significa violência, e o espírito humano recusa a violência. Nós estamos diante de uma revolução no mundo, uma revolução pacífica contra a violência entre as pessoas humanas. Então precisamos de senso de humanidade no trato com os outros e este trato uns com os outros. A base deste trato chama-se respeito. Se não respeitamos as ideias do aluno, ele não nos respeita. De modo que precisamos estabelecer esta linha de definição.

DURAÇÃO DAS AULAS

P – Qual seria a duração de maior rendimento doutrinário para uma aula do Pré-Mocidade?

R – Máximo de quarenta (40) minutos, para não cansar; meia hora no mínimo. Vou explicar: não tenho experiência no magistério espiritual, sou médium e mau médium.

EVANGELIZAÇÃO DA CRIANÇA

Encontramos no movimento de Evangelização da criança, aquele verdadeiro movimento de formação espiritual da infância, diante do futuro!…

Com essas palavras, o nosso querido companheiro CHICO XAVIER inicia sua entrevista concedida ao TRIÂNGULO ESPÍRITA, a propósito do mais sério movimento espírita nacional: a evangelização da criança. Eis, na íntegra, a entrevista:

FORMAÇÃO ESPIRITUAL DA INFÂNCIA

P – Como o senhor vê o movimento de Evangelização da criança?

R – Há muitos anos, nós todos, os companheiros de Doutrina Espírita, encontramos no movimento de Evangelização da criança, aquele verdadeiro movimento de formação espiritual da infância, diante do futuro. Há muito tempo acompanho o Departamento de Infância e Juventude da Federação Espírita do Estado de São Paulo, e admiro profundamente o trabalho que ali se realiza neste setor. Creio que devemos incrementar esse trabalho, tanto quanto nos seja possível, associando as lições evangélicas com as interpretações da Doutrina Espírita, à luz dos princípios codificados por Allan Kardec. Será uma situação ideal, que só os professores poderão definir como necessário.

APOIO AOS EVANGELIZADORES

P – Qual a tarefa do dirigente espírita junto aos evangelizadores?

R – Cremos que o dirigente de Instituição Espírita, a nosso ver, deveria prestigiar no máximo o trabalho dos evangelizadores, porque eles funcionam dentro da Organização Espírita-cristã, como legítimos educadores dos pequeninos que amanhã tomarão o nosso lugar, em todos os setores da experiência terrestre. Esse trabalho é grande e sublime demais para ser subestimado, por isso mesmo nós admitimos, que o assunto não pode escapar do apoio dos dirigentes espíritas, que, naturalmente, se estão devidamente conscientizados de suas tarefas, hão de apoiar os professores como sendo companheiros dos mais estimáveis na Seara Espírita evangélica.

SIMPÓSIO SOBRE EVANGELIZAÇÃO DA CRIANÇA

P – O Que o senhor acha da realização do Simpósio sobre Evangelização da Criança?

R – Nós acreditamos que o Simpósio é uma necessidade, porque favorece a troca dos pontos de vista e dos estudos experimentais que possam ser realizados em torno da educação espírita-cristã, dedicada à criança; antes da ministração de ensinamentos mais claros e mais definitivos da Doutrina Espírita, aplicada à nossa própria vivência, no caminho da Terra.

O Simpósio é como se fora uma reunião de pais ou responsáveis observando que tipo de alimentação pode ser dado a determinadas comunidades infantis. Antes das lições em si, o Simpósio é sempre uma preparação de contatos. E nós não podemos esquecer isto, sem nos perdermos na precipitação, que acaba sempre em prejuízo e em atividade inútil dentro de nossas instituições.

PROGRAMA DE ESTUDOS

P – Quais as matérias que os espíritos gostariam que fossem estudadas neste Simpósio?

R – Temos ouvido o espírito de Emmanuel há muitos aos com respeito a estes assuntos, e ele admite, sem nenhuma exigência, porque os nossos amigos espirituais não nos violentam em atitude alguma, ele considera que seria muito interessante os professores encarnados na Terra, e que se encontram nessa maravilhosa tarefa de preparação do futuro na mente infantil, ele considera que seria interessante reuniões deles, selecionando os temas espíritas, dentro da atualização dos nossos processos atuais de vivência, para que a criança possa se desenvolver para a vida adulta, com o conhecimento possível das estradas e experiências que a esperam no dia de amanhã. Nós sempre nos desvelamos em nossas casas, no ensino da bondade, do perdão, das atitudes evangélicas em si, mas precisávamos descobrir um meio de comunicar à criança, algum ensinamento em torno da lei de Causa e Efeito, mostrando determinados tópicos do mais expressivos para o mundo infantil, com respeito à reencarnação, o problema da imortalidade da alma.

Muitas vezes, encontramos crianças traumatizadas pela perda de irmãos pequeninos, pela perda de pais, pela perda de amigos, de parentes próximos, e nos esquecemos de que os pequeninos, também, esperam uma palavra de consolo e de esclarecimento, qual acontece com os adultos, diante dos processos de desencarnação.

E muitas vezes, nós esquecemos de conduzir a criança para este tipo de lição, para este tipo de comentários, com receio de apressar na mente da criança determinados pensamentos com relação à morte do corpo. Precisávamos estudar quais os meios de começar a oferecer à criança, bases para que ela se conheça no mundo em que está vivendo e naquele mundo social em que vai viver. Mas, é assunto dos professores, porque os espíritos amigos dizem sempre que, aqueles que se reencarnam na Terra para determinadas tarefas, não devem ser incomodados com opiniões estranhas a eles mesmos, desde que, se eles receberam estes encargos, é porque eles os merecem, e está na órbita das responsabilidades deles. Os professores espíritas reencarnados têm essa responsabilidade, esse encargo a cumprir, selecionar os assuntos, para fortalecer e amparar a criança diante do futuro.

PROGRAMAÇÃO DAS AULAS INFANTIS

P – Em face do desenvolvimento mental da criança, da influência dos meios de comunicação do processo de aprendizagem, justificar-se-ia a programação de aulas predominantemente de Doutrina Espírita?

R – Pelo menos depois de 8 a 10 anos de idade, acreditamos que sim, porque a mente infantil de 9 a 10 anos de idade, já se encaminha para uma posição consolidada na reencarnação, que a criança está começando a viver. As 10 anos, dos 10 aos 12, temos um mundo de informações para dar à criança, e isso a nosso ver é muito necessário, porque a criança está encontrando hoje, um mundo diferente daquele que os adultos de agora encontraram há 40, 50, 30 anos atrás. Há muitos pequeninos que são chamados aos 8, 9, 10, e 11 anos de idade a facear problemas que só adultos conheciam há 10 anos passados. Hoje, autoridades da Europa e da América do Norte, em diversos comentários e estudos de revistas de divulgação científica, muitas autoridades andam impressionadas com o suicídio entre crianças, suicídios de crianças de 10, de 11, de 12, de 13.

Ainda ontem, tivemos em nossa casa, aqui na Comunhão Espírita Cristã, um casal de São Paulo que vinha desolado à procura de reconforto, porque o filho único do casal, um menino de 12 para 13 anos se enforcou deliberadamente, tão-só porque encontrou uma negativa da parte dos pais, para ir a cinema, depois de ter ido ao cinema durante algumas noites consecutivas. Isto é muito importante.

Estes suicídios nessa idade não eram comuns, nem mesmo conhecidos há 15, 20 anos atrás. Crianças que sofrem a perda de pais ou que são abandonadas pelos pais e que se suicidam mesmo se afogam, se envenenam, procuram armas, atiram contra si próprias. Isto é um problema sério para todos aqueles que se sentem vinculados à tarefa de socorro à criança.

O ENSINO E A REALIDADE

P – O que o senhor tem a nos dizer sobre material didático constante de apólogos e símbolos para as Escolas Espíritas de Evangelização, desde a faixa de 5 a 13 anos?

R – Nós estamos vendo discussão em torno do assunto, por toda parte. Uns não querem que a criança ouça apólogos com vozes humanas em animais, outros exigem que este material seja posto em função. Não estando dentro do movimento de educação da criança nos meios espíritas, nós não temos o direito de opinar, porque só devemos opinar num assunto quando estamos em atividade dentro dele.

Mas, como criatura humana que sou, creio que até os 6 anos nessa faixa, uma árvore, uma borboleta, uma fonte, uma andorinha conversar, isto ajuda muito a criança.

Agora, depois dos 6 ou 7 anos é interessante que a criança entre num mundo de realidades objetivas, para que ela não acuse o adulto de mentiroso. Mas, não devemos levar tão longe essa ideia de que estejamos mentindo.

A criança nos primeiros tempos de vida, tem necessidade da história tocada de amor, tocada de ternura, beleza, espiritualidade. E o apólogo em que os animais comparecem conversando entre si, dando lições, este apólogo é sempre um agente muito proveitoso no esclarecimento da mente.

Não vemos nenhum inconveniente, mas deixamos o assunto para os técnicos.

Transcrita do livro A Terra e o Semeador – IDE – Instituto de Difusão Espírita – 5ª edição. Autor: Chico Xavier. 

Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.

13 DE NOVEMBRO - DIA DO JOVEM ESPÍRITA


Não pretendemos com esse artigo falar sobre o histórico do movimento de Mocidades Espíritas, nem tão pouco da sua importância para a Casa e o Movimento Espírita. Gostaríamos apenas de contribuir para o conhecimento do porque dessa data.

Em 1949, após a assinatura do Pacto Áureo que criou o CFN/FEB (Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira), os dois únicos organismos do Movimento Espírita Juvenil do país resolveram aderir de pronto ao Pacto e, em 13 de novembro, consumava-se, enfim, o ATO DE UNIFICAÇÃO DAS MOCIDADES E JUVENTUDES ESPÍRITAS, dando início ao Departamento de Juventude da Federação Espírita Brasileira.
Esta data surge como um marco para a história das Mocidades Espíritas, representando o idealismo acima do personalismo, da confraternização acima do fracionamento, da mensagem esclarecedora acima do melindre do estudo e do trabalho acima dos obstáculos pessoais.

DIA 13 DE NOVEMBRO brilha para a HUMANIDADE como sendo o DIA DO JOVEM ESPÍRITA.

Para mais detalhes e informações, transcrevemos, no final deste, o Artigo Mocidade Espírita publicado no Anuário Espírita de 1971. Porém a pergunta que fica é: O QUE É SER JOVEM ESPÍRITA?

Se buscarmos no dicionário Aurélio:

jo.vem - Adjetivo de dois gêneros. 1.Que está na juventude; juvenil. 2.Juvenil (1). Substantivo de dois gêneros. 

es.pí.ri.ta - Adjetivo de dois gêneros. 1.Relativo ao espiritismo. Substantivo de dois gêneros. 2.Partidário dele. [Sin. ger.: espiritista.]

Apesar de muito lógica, a definição que o Aurélio nos dá é pouco esclarecedora ao que, na essência, venha a ser um Jovem e Espírita.

Antes de prosseguirmos, gostaria de lembrar dois pequenos trechos do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más tendências.”
(OS BONS ESPÍRITAS - Cap. 17, It. 4)

“É chegado a hora em que deveis sacrificar, em favor da sua divulgação (Doutrina Espírita), hábitos, trabalhos, ocupações fúteis.”

(MISSÃO DOS ESPÍRITAS - Cap. 20, It. 4)

Olhando à nossa volta vemos diversos exemplos de juventude. Seja onde for, de que jeito for, o jovem é fácil de reconhecer e de se perceber sua presença. E, com o Jovem Espírita, não é diferente. Pegamos alguns casos só para contextualizar:

“Uma jovem de 24 anos recusa o convite dos amigos para ir num show de sua cantora preferida, que ocorrerá em sua cidade, só para estar presente numa reunião de estudos preparatórios de um Encontro de Mocidades.”

“Jovens das mais variadas idades se reúnem aos finais de semana para elaborar metodologias de como facilitar a assimilação da Doutrina por outros jovens.”

“Um rapaz economiza os trocados, deixa de ir ao cinema, de comprar uma camiseta da moda, só para conseguir estar presente numa reunião e representar seu grupo de Mocidade.”
“Uma jovem dirigente de mocidade abre o Centro todo sábado no mesmo horário, prepara a sala, arruma o material, e espera os participantes que por vezes a deixaram esperando.” 
(continua)



(continuação)


“Mesmo sem apoio dos pais, um jovem vai às reuniões de mocidade, pois gosta do estudo e das pessoas que lá estão. E, às vezes, deixa de ir a festas de aniversário, casamentos, churrascos em família, para estar com os amigos e estudar Espiritismo."

Pois bem, pela vivência que temos, é possível afirmar que ser Jovem Espírita é isso e muito mais. 

Ser Jovem Espírita é lutar contra as “tentações do mundo”. É se indispor às vezes com a família só para estar na Mocidade. É se sacrificar em prol de algo que acredita. É confiar em Deus e na espiritualidade.


Ser Jovem Espírita é a busca pelo conhecimento das verdades eternas, pelo esclarecimento sobre as questões mais íntimas como a perda de entes queridos e as divergências familiares.

Ser Jovem Espírita é compreender as dores da alma, a fome e a pobreza. Entender o mundo dos espíritos e ter na mediunidade uma ferramenta de caridade, e na alegria do trabalho voluntário, a prática do Cristianismo. É querer trabalhar com os mais velhos, mesmo sendo rotulado como irresponsável e imaturo.

Temos a oportunidade de ser jovem e trabalhar com jovem. Mais do que um estado físico, a juventude é sim um estado de espírito.

Por definição Mocidade Espírita é: Um Grupo de jovens que se reúnem com o objetivo de estudar a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, e temas atuais à luz do Espiritismo, contribuindo, assim, para a informação e formação moral do jovem. Este Grupo denominado MOCIDADE, é um departamento do Centro Espírita, no qual realiza suas reuniões de Estudo e desenvolve tarefas. Praticando os preceitos de Jesus, a Mocidade interage no meio-social. Estrutura atividades que atendam aos interesses e necessidades do jovem que dela participa. Através do Movimento de Unificação busca seu aperfeiçoamento.

A Mocidade deve ser vista como um Departamento da Casa Espírita, assim como é a Evangelização, a Assistência Social, a Orientação Doutrinária, Mediunidade, etc. Todos fazemos parte de um mesmo grupo de trabalho, não podemos e nem devemos trabalhar como uma caixa dentro de outra caixa.

É nesse grupo chamado Mocidade Espírita que se fornece oportunidades de ser jovem em qualquer lugar e ambiente da sociedade. Por isso não nos equivocamos em dizer que a MOCIDADE ESPÍRITA É LUGAR DE SER JOVEM.

Parabéns aos Jovens Espíritas que construíram esse movimento. Bom trabalho para os Jovens Espíritas que seguem confiantes na promessa do jovem Rabi da Galiléia.
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Por João Thiago Garcia.

 
Historinhas de Amor

 


Historinhas de Amor:

Crianças do Grupo de Evangelização produziram desenhos e mensagens e publicaram um Livro.


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