ORAÇÃO A SÃO FRANCISCO por Joanna de Ângelis:


Pai Francisco! Há muitos anos, poucos anos, naquele dia de outubro de 1226, qual falena de luz, abandonaste a lagarta inerte sobre o solo para voares na direção do zimbório infinito, aureolado de luz .

Havias pedido anteriormente que te despissem o corpo quando a Irmã Morte se te acercasse, e que te colocassem no pó da Irmã Terra, logo alando-te na direção do Amado como um raio de luz que desapareceu no zimbório celeste.

Encerrava-se, naquele momento, o divino périplo da tua missão terrestre em corpo físico. 

Fazia pouco, tornaste o lobo de Gúbio um doce cordeiro. 

Lograste silenciar a sinfonia dos pássaros para que não perturbassem o teu canto louvando O Senhor. 

Colocaste mel nas colméias vazias pelo rigoroso verão, para que as Irmãs Abelhas continuassem zumbindo, fabricando cera. 

Lavaste a lepra em muitos corpos e experimentaste os estigmas em êxtase incomparável.  

A cada sofrimento que te afligia, entoavas um hino de louvor e, a cada provação experimentada, uma canção de reconhecimento a Deus.

A tua mensagem simples saiu de Assis para trazer de volta o amor e a humildade de Jesus. 

No entanto, Pai Francisco, os teus legatários transformamos a tua mensagem em vão poder, em ilusão argentária e, embora a ternura com que a cantaste, repetimo-la entusiasmados, porém, com o coração em gelo, diferente do teu...

Agora, tanto tempo, em pouco tempo depois da tua sinfonia, rogamos que voltes à Terra para, novamente, balbuciar-nos a oração simples aos ouvidos dos nossos corações empedernidos e dos nossos frágeis sentimentos, de modo a reconquistarmos as forças para seguir-te a meiga voz e nos emocionarmos outra vez com o teu amor. 

O mundo estertora, Pai Francisco! Não se trata mais de luta entre cidades que se digladiam, como nos teus dias. É o conflito entre os corações, gerando guerras de extermínio generalizado. 

Somente tu, Pai Francisco, podes, enternecendo-nos a ponto de darmo-nos as mãos, lobos e ovelhas que ainda somos, ao comando da tua voz bebermos juntos, no mesmo regato, por onde fluem as águas da misericórdia e do amor inefáveis.

Volta, Pai Francisco, tem misericórdia de nós, e conduze-nos à pequenina Porciúncula onde deixaste os teus despojos, naquele dia longínquo e próximo, de outubro de 1226, pois que todos necessitamos de ti !


(Página psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 04 de outubro de 2006, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia).


 

 

14-Brasil Cristão 14.mp3

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