"Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo

enriquecido pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que 

buscas." (Joanna de Ângelis) 

AMOR E SAÚDE

A excelência do amor é a base de segurança para uma existência feliz.

Somente através do amor consegue o Espírito a sua plenitude na vilegiatura carnal.

Desenvolver esse nobre sentimento é tarefa a que se deve dedicar até o sacrifício todo aquele que aspira pela autoconquista, pelo reino dos céus no coração e na mente.

Inicialmente, expressa-se como instinto de reprodução nas fases primárias do processo de evolução. A partir daí, ei-lo em forma de libido que o conhecimento moral irá transformando em fraternidade, embora permaneça nas suas raízes para o mister sublime da procriação.

Quando atinge o patamar da paixão superada e se alcandora de ternura, responde pelo bem-estar e harmonia que tomam conta do ser. Enquanto se mantém como força do prazer e de interesse imediatista, é responsável por males incontáveis que afetam a saúde e dão lugar a somatizações lamentáveis.

Necessário aprender-se a amar, para evitar que as paixões do desejo assumam o comando das emoções e o transformem em morbidez.

Em alguns casos em que a pessoa foi vítima de repressões e de outras contingências castradoras, apresenta-se possessivo, ou disfarça-se em ternura asfixiante que leva a resultados nefastos.

Quando experiência a solidão e encontra outrem que inspira desejo, o indivíduo não amadurecido psicologicamente idolatra-o, deixa-se arrebatar por qualidades que lhe são atribuídas, mas que, em verdade, não possui. Tenta fruir ao máximo do relacionamento direto ou não, enquanto experimenta emoções desencontradas de admiração e inveja, de domínio e de competição. Surgem, lentamente, o medo da perda, o receio de sofrer o abandono e começa a entrar em choque e a assumir comportamentos de exigências descabidas.

Podem ocorrer, nessa fase, os terríveis crimes passionais derivados do ciúme injustificável ou da cólera súbita por qualquer mínima contrariedade... Diante de ases e campeões de qualquer teor, a quem não pode dominar, a inveja da sua glória arma o ser imaturo de conflitos, que lhe demonstram, inconscientemente, que o outro é tão humano que, na condição de mortal, pode ser eliminado. E mata-o!

O combustível de manutenção do amor é o respeito pelo outro, o que proporciona bem-estar na relação, aumenta o prazer na convivência e alegria pelo seu progresso e conquistas.

Não aguarda retribuição, nem compete. Porque não se sente solitário, seus valores são oferecidos ao outro de maneira espontânea e confortadora. Com o hábito de superar os impositivos egoicos, nada exigindo, torna-se um centro de irradiação de emoções aprazíveis que a todos felicita. A vivência do amor é dificultada pelo ego ainda primitivo, que sempre espera fruir, beneficiar-se, utilizando-se dos demais, quando, tocado pela sublime chama, faz-se doador com a capacidade de ajudar e fazer felizes todos os que se lhe acercam.

A sua vibração harmônica faz-se tão benéfica e cativante que se doa em clima de paz.

O amor é a alma do universo.

Distúrbios de variada nomenclatura têm raízes na ausência do amor, nos seus antípodas, quais o ressentimento, o rancor, a indiferença, o ódio.

O amor estimula a produção de endorfinas, de leucinas, de imunoglobulinas e outras substâncias geradoras de saúde, enquanto as irradiações que se lhe opõem produzem reações semelhantes que perturbam o equilíbrio psicofísico e propiciam campo para a instalação de doenças, contágios de micróbios nefastos...

Grande número de transtornos neuróticos se origina no ressumar de pensamentos avaros e egoístas, que desenvolvem vibriões energéticos que desarmonizam a mitose celular e as neurocomunicações.

Nada que se equipare, na área das emoções, à contribuição vital do amor em qualquer forma com que se apresente: maternal, filial, paternal, familiar, religioso, social, humanitário, espiritual...

Encontram-se, não poucas vezes, apóstolos do amor excruciados por enfermidades dilaceradoras, por dores vigorosas, que poderiam negar a tese de que é produtor de saúde.

Sucede que, nesses casos, deve-se considerar que o missionário elege o sofrimento em resgate de antigas dívidas morais perante as leis soberanas ou têm por objetivo demonstrar que neles o sofrimento não é imposto, mas solicitado para ensinar, à humanidade devedora, resignação, desprendimento e coragem moral.

A bênção do amor transforma pigmeus em verdadeiros gigantes e são esses que se fazem estímulo e força para a edificação da sociedade feliz.

Quando se ama, alcança-se superior patamar do processo evolutivo e faculta-se a oportunidade de autoiluminação.

O amor é o embaixador vibratório de Deus para que a fé, a esperança e a caridade transformem as pessoas e o mundo, inaugurando na Terra o período de paz que todos anelam.

Ama e burila-te.

Vence os impulsos servis das paixões asselvajadas e das heranças primárias por intermédio da disciplina da mente, dos pensamentos sensuais que deves converter em idealismo e realização enobrecedora.

Renasceste para alcançar a superior conquista do amor sem jaça.

Não postergues o momento de alcançar essa honrosa meta.

Jesus viveu o amor de tal maneira e com tão significativa profundidade que o Seu exemplo tem estimulado legiões de missionários espirituais a vestirem a indumentária carnal para imitá-lO e ajudar os renitentes no egoísmo e nas dissipações vergonhosas.

Ama sem nenhuma exigência e torna-te fonte inexaurível de bondade, acendendo luzes na escuridão enquanto distribuis paz e misericórdia a toda aflição.

Pelo Espírito Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 23 de abril de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=365. 

DIVALDO FRANCO E O PADRE

Certa vez, fui a um padre confessar (antes de tornar-me espírita). Contei-lhe sobre minhas comunicações com os mortos. Para ele eram forças demoníacas tentando me afastar da Igreja. Veio-me uma mágoa de Deus e comecei a questionar:
- Sou um bom católico, bom sacristão, adoro a Igreja, faço jejum, passo a semana da Páscoa sem comer até o meio-dia. Se Deus não pode com o diabo, eu vou aguentar? O diabo vai me vencer. Como um garoto de 17 anos, do interior, ingênuo, pode vencer o diabo se nem Deus consegue?
Entrei em depressão e fiquei com mágoa de Deus. Confessei-me ao padre:
- Eu vou me matar. Nossa Senhora do Carmo vai ter pena de mim, vai me colocar o escapulário e me tirar do inferno.
Ele me olhou demoradamente e respondeu:
- Não tome nenhuma atitude agora. O demônio às vezes nos perturba para testar a nossa fé; quando não consegue, abandona. Volte para a Igreja.
Era um homem honesto, acreditava piamente em suas ideias.
Um dia, ao confessar-me a ele, vi aproximar-se um Espírito. Tive outro conflito:
- Como pode o diabo entrar na sacristia?
Aliás eu via sempre os Espíritos. no momento da eucaristia a hóstia tornava-se luminosa quando colocada na minha boca. Às vezes, em Feira de Santana, via o cônego Mário Pessoa aureolado. No meu entendimento (católico), ele era um santo. As pessoas na hora da fé se iluminavam e eu julgava tudo alucinação.
Quando o Espírito entrou, exclamei:
- Olha, o diabo está vindo, e é mulher!
- Você vê algum sinal particular no rosto dela? – indagou-me o padre.
- Vejo uma verruga acima do lábio.
- E o que mais?
- O cabelo está partido ao meio, penteado com um coque atrás.
- E o que mais?
- Vejo um xale sobre os ombros, com pontas, um xale negro de xadrez.
- Pode ficar tranquilo, é mamãe.
Ela “incorporou” e conversou com o padre. Quando despertei, ele me esclareceu:
- Divaldo, mamãe veio me alertar. A sua missão não é aqui, vá seguir a tarefa que Deus lhe confiou, porque o bem está em todo lugar.
Fiquei mais tumultuado, porque eu não era espírita, tinha medo, sentia-me de certo modo alijado da Igreja, mas continuava a frequentá-la e ao Centro Espírita.
Tinha conflitos de fé, principalmente quando morreu minha irmã, por suicídio. Mamãe foi encomendar missa a esse mesmo sacerdote, um homem bom, e ouviu dele:
- Dona Ana, não posso celebrar, porque o suicida está no inferno e Deus não o tira de lá.
Foi quando aprendi a primeira lição de lógica e de psiquiatria, com uma mulher iletrada – a minha mãe:
- Padre, então eu renego o seu Deus. Se Ele não é capaz de perdoar não é digno de ser Deus. Sou lavadeira modesta e analfabeta, mas a filha que perdi, eu a perdoo; como é que Deus, que a tem, não a perdoa? Digo mais, quem se mata não está no seu juízo.
Mais tarde eu viria saber que muitos portadores de psicose maníaco-depressiva PMD, vão ao suicídio.
Aprendi muito com esse homem, com mamãe, e quando eu lhe disse que não iria mais à igreja, ela me respondeu:
- Deus está em todo lugar. Se você for justo e agir com retidão, Ele estará com você. Faça o bem, meu filho, porque a verdadeira religião é aliviar o sofrimento alheio.
A partir desse acontecimento integrei-me lentamente ao Espiritismo.

Divaldo Franco

(Originalmente publicado pela página LUZ DA EXISTÊNCIA - MENSAGENS) 

REFORMA ÍNTIMA


A reforma íntima!

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.

Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onde crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.

Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.

Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.

Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.

Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.

Desestimulado no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.

É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.

Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.

O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.

Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.

Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.

Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.

Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.

Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.

Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.

Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.

Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.

Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.

A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

Joanna de Ângelis (espírito) - Psicografia de Divaldo Franco. Da obra Vigilância.

AO AMANHECER


"Dia novo, oportunidade renovada.
Cada amanhecer representa divina concessão,que não podes nem deves desconsiderar.
Mantém, portanto atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados; otimismo diante das ocorrências que surgirão coragem nos confrontos das lutas naturais; recomeço de tarefa interrompida;ocasião de realizar o programa planejado.
Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis.
À medida que o dia avança, aproveita os minutos, sem pressa nem postergação do dever.
Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens pela frente.
Dirige cada ação à finalidade específica.
Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis, volve à liça com disposição, avançando passo a passo até o momento de conclusão dos deveres planejados.
Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos.

Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecido pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que buscas."


Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Episódios Diários.

 SERENIDADE E SABEDORIA


Todo homem sábio é sereno.

A serenidade é conquista que se consegue com o esforço pessoal, passo a passo.

Pequenos desafios que são superados; irritações que conseguimos controlar; desajustes emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são todas experiências para a aquisição da serenidade.

Um Espírito sereno é aquele que se encontrou consigo próprio, sabendo exatamente o que deseja da vida.

A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os que estão à volta. Inspira confiança, acalma e propõe afeição.

O homem que consegue ser sereno já venceu grande parte da luta.

Assim, não permitamos que nenhuma agressão exterior nos perturbe, causando irritação e desequilíbrio.

Procuremos manter a serenidade em todas as realizações.

A nossa paz é moeda arduamente conquistada, que não devemos atirar fora por motivos irrelevantes.

Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem, e sempre seguem com a pessoa.

Quando estejamos diante de alguém que engana, traindo a nossa confiança, o nosso ideal, procuremos nos manter serenos.

O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.

Em nosso círculo familiar ou social, sempre iremos nos defrontar com pessoas perturbadas, confusas e agressivas.

Não nos desgastemos com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam. Elas são um teste para a nossa paciência e serenidade.

Procuremos nos manter sempre em contato com o Alto, através da prece, buscando continuamente compreender as situações que a vida nos apresenta, enxergando-as como oportunidades, e não como crises.

Quem consegue manter a serenidade diante das pequenas dificuldades que surgem, vence mais facilmente os grandes desafios.

O homem sereno consegue viver mais feliz, pois nada parece afligi-lo a ponto de fazê-lo desistir dos sonhos que traçou para si mesmo.

O homem sereno jamais busca resolver suas questões através de comportamento violento, e por isso há mais paz em sua vida.

A serenidade que Jesus mantinha em Seu coração era algo sublime.

Poucos eram aqueles que não se emocionavam em Sua presença, pois essa virtude se exteriorizava pelo olhar tranquilo e profundo; irradiava pelo semblante carinhoso e pacífico; emanava pelas palavras ditas com tanto amor, que pareciam beijar e abraçar aqueles que as ouviam.

Poucos foram aqueles que não tiveram seus olhares inundados pelas lágrimas da emoção, ao estarem na companhia do Espírito mais sereno que já esteve na face da Terra.

Experimentando as mais cruas acusações sem uma palavra de defesa, na mais dura soledade, sem uma só exigência, Jesus deu o testemunho mais pesado através da agonia pelo amor.

Sem qualquer constrangimento, se manteve em serenidade admirável, para ensinar que a dinâmica da vitória sobre si mesmo é resultante do autodescobrimento e da aplicação das próprias forças no exercício do perdão incondicional e a situações, pessoas e coisas da rota evolutiva.
 

(Redação do Momento Espírita, com base no cap. 36, do livro Episódios diários e parágrafos finais do cap.19, do livro Florações evangélicas, ambos pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal). Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3775&stat=0.


Joanna de Ângelis é a guia espiritual o médium espírita brasileiro Divaldo Franco, entidade à qual é atribuída a autoria da maior parte das suas obras psicografadas.

A obra mediúnica de Joanna de Ângelis é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas, versando sobre temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais.

Dentre as suas obras destacam-se as da Série Psicológica, composta por mais de uma dezena de livros, nos quais a entidade estabalece uma ponte entre a Doutrina Espírita e as modernas correntes da Psicologia, em especial a transpessoal e junguiana.

Segundo Divaldo Franco, em sua primeira manifestação, a 5 de dezembro de 1945, Joanna de Ângelis se apresentou com o epíteto "um Espírito amigo", que por muitos anos teria sido um pseudônimo utilizado por ela.

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier

No dia 30 de Junho de 2002, nosso querido Chico Xavier retornou ao Plano Espiritual.

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver,  tudo eram expectativas e promessas. Em 2 de abril de 1910

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade,

Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também o crivaram de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, Iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos. Parnaso de Além Túmulo 1932

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seus lideres, que passaram a amá-lo tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos. ESPIRITISMO O CONSOLADOR PROMETIDO

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto se tornando maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.

Por isso mesmo, o seu foi mediunato incomparável.

...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito.

- Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres suas tristezas da Terra sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe: e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

Joanna de Ângelis Página psicografada pelo médium Divaldo Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

 AMIZADE


Torna-te amigo de todas as pessoas.

A amizade é um tesouro do espírito, que deve ser repartido com as demais criaturas.

Como um sol, irradia-se e felicita quantos a recebem.

Há uma imensa falta de amigos na Terra, gerando conflitos e desconfianças, desequilíbrio e insegurança.

Quando a amizade escasseia na vida, o homem periga em si mesmo.

Sê tu o amigo gentil, mesmo que, por enquanto, experimentes incompreensão e dificuldades.


Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco. Livro: Vida Feliz.

CONFIA SEMPRE

Confia sempre na ajuda divina.

Quando te sentires sitiado, sem qualquer possibilidade de liberação, o socorro te chegará de Deus.

Nunca duvides da paternidade celeste.

Deus vela por ti e te ajuda, nem sempre como queres, porém, da melhor forma para a tua real felicidade.

Às vezes, tens a impressão de que o auxílio superior não virá ou chegará tarde demais.

Passado o momento grave, constatarás que o recebeste alguns minutos antes, caso tenhas perseverado à sua espera.

Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco. Livro: Vida Feliz.

 JESUS E TORMENTOS

Genericamente, o homem tem sido considerado como a massa física e mental, ainda incompleta, que demanda o túmulo e ali se consome.
As religiões reportam-se à alma com um destino adrede fixado para o futuro, repousando na ociosidade ou padecendo na punição intérmina.
O mundo é, para os primeiros, um lugar de prazeres imediatos com a inevitável presença do sofrimento, que faz parte da sua imperfeição; para os segundos, é “vale de lágrimas” ou “lugar de degredo”.
De um lado, a simplista informação do nada após a morte; do outro, a fatalidade preestabelecida, violando os códigos do querer, do lutar, do vencer.
Uma e outra corrente de pensamento conduz, inevitavelmente, aos tormentos.
Aqui, o gozo até a lassidão dos sentidos, e ali, a amargura frustrante. a castração da alegria em mecanismos de evasão da realidade.
Fundamentados nessas propostas, surgem aqueles que vivem para fruir e os que se recusam à satisfação.
*
Jesus foi o protótipo da felicidade.
Amava a Natureza, os homens, os labores simples com os quais teceu as Suas maravilhosas parábolas.
Não condenava as condições terrenas, não as exaltava.
Na posição de Mestre ensinava como se devia utilizá-las, respeitando-as, com elas gerando alegria entre todos, abençoando-as.
Como Médico das almas propunha vivê-las sem pertencer-lhes, assinalando metas mais elevadas, que deveriam ser conquistadas com esforço pessoal.
*
Os tormentos humanos procedem da consciência de culpa de cada criatura.
Originário de outras existências corporais, o Espírito herda as suas ações, que ressurgem em forma de efeitos.
Quando aquelas foram saudáveis, estes se lhe fazem benfazejos. O inverso é, igualmente, verdadeiro.
Dos profundos arcanos da individualidade surgem as matrizes das aflições que se lhe estabelecerão no ser como processos depuradores, facilitando a instalação das enfermidades, dos tormentos, das insatisfações.
Da mesma forma, criam-se-lhe as condições favoráveis para a existência, fácil ou árdua, no lar caracterizado por problemas sócio-econômlco-morais, ou enriquecido de amor e recursos que lhe favorecem a jornada.
No ser profundo, imortal, encontram-se as raízes dos fenômenos que agora lhe repontam sobre o solo da organização carnal.
*
Os teus tormentos atuais são tormentos que engendraste em vidas passadas.
Atormentaste com impiedade e agora sofres sem conforto. Afligiste sem misericórdia e ora padeces sem afeição. Inquietaste com perversidade e hoje te perturbas sem consolo. O teu íntimo é um caldeirão fervente.
Os conflitos se sucedem e sais de um para outro desespero. Tens dificuldade em exteriorizá-los, verbalizá-los, aliviando-te. Fobias, complexos, recalques dominam-te a paisagem mental e te sentes
um fracassado. Retempera o ânimo, porém, e sai do refúgio dos teus tormentos para a luz
clara da razão. Ninguém está, na Terra, fadado ao sofrimento. aos conflitos destruidores. Todos retornam ao mundo para aprender, recuperar-se, reconstruir. Na ausência do amor-ação, aparece-lhes a dor-renovação. Assim, dispõe-te à paz, à libertação dos tormentos e lograrás alcançá-las.
*
No inolvidável encontro de Jesus com a mulher de vida libertina, que Lhe lavou os pés com ungüento de lágrimas, enxugando-os com os seus cabelos, temos a psicoterapia para todos os tormentos.
Disse Ele ao anfitrião que o censurava mentalmente por aceitar a atitude da pobre atormentada:
“Ela muito amou, e, por isso, os seus pecados lhe serão perdoados.” Fitando-a com ternura e afeição, recomendou-lhe: “Vai-te em paz, a tua fé te salvou.”
O amor que se converte em reparação de erros é a eficiente medicação moral para todas as chagas do corpo, da mente e da alma.
Ama e tranqüiliza-te, deixando os teus tormentos no passado, e, ressuscitando dos escombros. ressurge, feliz, para a reconstrução sadia da tua vida.

Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Jesus e Atualidade.

JESUS E REPOUSO
Há, no homem, sempre presente, um imenso desejo de repousar, espairecer, sair do trabalho, refazer energias.
Programas de férias se sucedem em todas as quadras do ano, com excursões, esportes, divertimentos.
Quem reside nos campos deseja viajar às cidades; quem trabalha nas montanhas busca as praias; quem vive nos trópicos anela pelo frio e as recíprocas são verdadeiras.
A febre das viagens toma conta das criaturas.
Aquele que as não realiza, sente-se diminuído, marginalizado, sem status social.
Por extensão, todos desejam realizar o seu plano alternativo de espairecimento e descanso.
Um grande número se entrega a trabalhos esfalfantes durante o ano para economizar e realizar o seu sonho nas férias.
Labora até a exaustão, assume compromissos para pagar depois, a expensas de juros escorchantes no resgate penoso, a fim de gozar hoje.
Comenta-se sobre as facilidades para viajar, as vantagens, e tudo são apenas palavras.
Trata-se de um modismo.
Com raras exceções, as viagens são penosas e as excursões exaustivas. Pouco repouso e muito incômodo. As alegrias e entusiasmos do começo emurchessem à medida que passam os dias, substituídos pelo sono irregular, pelas indisposições, pelas horas intérminas de espera em hotéis abarrotados, com serviços deficientes e outros percalços.
A propaganda bem apresentada fala da exceléncia de tudo, que a realidade demonstra não ser verdade.
Na ocasião do retorno, quando não acontecem problemas muito comuns em tais ocasiões, recompõem-se as aparências a fim de impressionar aqueles que ficaram, e os comentários exagerados afloram aos lábios sorridentes dos felizardos, que agora partem para a faina de regularizar ou recuperar os gastos, cansando-se muito mais.
*
Toda mudança de atividade faculta renovação de energias e dá novas motivações.
Um bom balanço de labores define quais as opções de que se dispõe como alternativas para o bem-estar.
O homem necessita, sem dúvida, de férias, de repouso, de espairecimento, que lhe proporcionam alegrias e refazimento para prosseguir trabalhando.
Expedientes excitantes, planos extravagantes, movimentação contínua e horários preestabelecidos constituem esforços desnecessários, com desperdício de energias.
A preocupação com trajes, a aparência, o tormento das compras de novidades e lembranças, exaurem o sistema nervoso, que se desgoverna, gerando irritação e mau humor.
*
Jesus comentou que “o Pai até hoje trabalha” e Ele “também trabalha”.
O trabalho é lei da vida, tanto quanto o é o repouso. Este, porém, não é paralisação, ociosidade, nem corrida da busca de coisa-nenhuma.
Como repouso entenda-se tranqüilidade interior, recuperação de forças, conquista de otimismo, estar de bem com a vida.
Proporcionar-se relaxação, leitura agradável esporte sadio, convivência com pessoas experientes, joviais, alegres, sem ruídos, viajar em calma para tomar contato com outros lugares, costumes, indivíduos, sem pressa, constituem método eficaz para um bem utilizado repouso.
Igualmente, meditar, no próprio lar; orar, buscando sintonia com as nascentes do pensamento superior; confraternizar com os sofredores, confortando-os e ajudando-os; asserenar-se, escutando melodias de profundo conteúdo emocional, são recursos valiosos e técnicas de repouso que podem ser aplicados em qualquer lugar, nas horas possíveis.
Basta entrar no quarto, fechar a porta e conversar com Deus, conforme ensinou Jesus ao referir-se à técnica da oração. O quarto é o mundo íntimo e a porta é o acesso ao exterior. Nesse lugar silencioso ouvirás Deus.
*
No teu programa de saúde física e mental inclui o repouso como necessidade prioritária.
Cuida, porém, do que farás como recurso repousante.
Aproveita a ocasião para descobrires-te, conheceres-te melhor e identificar O que, em verdade, te é indispensável, selecionando com rigor aquilo que necessitas para uma vida saudável, abandonando ou dando menos valor aos demais.
Repouso, sim, com ação edificante.
                                                 Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Jesus e Atualidade.

 JESUS E INGRATIDÃO

Os sentimentos de amor, justiça, caridade e gratidão são inerentes à natureza humana, herdeira natural do bom, do nobre, do belo. Toda via, porque ainda se demora em crescimento de valores, mais vinculada atavicamente aos instintos primitivos, não se manifestam essas qualidades, que devem ser cultivadas com esforço até que se expressem por automatismos defluentes da sua elevação interior.

Em razão disso, são mais comuns as manifestações agressivas, as rebeldias, as ingratidões que aturdem, mantendo um clima mental e emocional belicoso entre os homens.

A ingratidão, que é desapreço, apresenta-se como grave imperfeição da alma, que deve ser corrigida.

O ingrato é enfermo que se combure nas chamas do orgulho mal dissimulado, da insatisfação perversa. A si todos os direitos e méritos se atribui, negando ao benfeitor a mínima consideração, nenhum reconhecimento.

Olvidando-se, rapidamente, do bem que lhe foi dispensado, silencia-o, mesmo quando não pensa que o recebido não passou de um dever para com ele, insuficiente para o seu grau de importância.

A ingratidão é chaga moral purulenta no indivíduo, que debilita o organismo social onde se encontra.

Assim, os ingratos são numerosos, sempre soberbos, e auto-suficientes, em dependência mórbida, porém, dos sacrifícios dos outros.

*

Jesus sempre admoestava os ingratos que lhe cruzavam o caminho.

Nunca lhe faltaram no ministério estes in felizes.

No admirável fenômeno de cura orgânica dos dez leprosos, patenteiam-se a ingratidão dos beneficiados e a interrogação do Mestre, diante daquele que havia retornado para agradecer: “Onde estão os outros? Não foram dez os curados?”

Nove se haviam ido, apressados, para o gozo e a algaravia, recuperados por fora, sem liberação da doença interna, que desapareceria somente a partir do momento em que fossem agradecer, modificando-se psicológica e moralmente.

Na tragédia do Calvário, não se encontrava presente nenhum dos que foram beneficiados pelas Suas mãos, e estes haviam sido muitos.

Ele iluminara olhos apagados; abrira ouvidos moucos; ofertara som aos lábios silenciosos; equilíbrio a mentes tresvariadas; movimentos a membros mortos; vida a catalépticos; recuperação orgânica a portadores de males inumeráveis e, no entanto, ficou esquecido por todos eles. Não obstante o bem que receberam, fugindo do reconhecimento, os ingratos viram-se diante de si mesmos, das consciências molesta das pelos remorsos, tornando a enfermar e mor rendo, pois que deste fenômeno biológico ninguém escapa.

*

O Mestre conhecia as debilidades morais do homem e sempre se preocupava em alcançá-las, a fim de que as pretendidas curas alcançassem as matrizes das doenças, onde as mesmas se originam, erradicando-as, de modo que não voltas sem a produzir miasmas e males perturbadores.

A Sua era uma constante proposta de renovação de metas, de atitudes, de pensamentos.

Sendo o exemplo máximo, pedia que O vis sem, isto é, que Lhe tomassem a conduta de desapego das paixões cáusticas e cuidassem de uma só coisa necessária, que é o “reino de Deus” embutido no coração.

Na busca do mais importante, o seu encontro elimina o secundário, que deixa de ter valor, para ceder lugar ao essencial, que é o necessário.

Os homens, porém, na superficialidade dos seus interesses, anelam apenas pelo imediato, que lhes satisfaz num momento, deixando-os ansiosos outra vez.

Por imaturidade espiritual, ceifam a árvore de onde retiram os frutos de hoje, acreditando, com ingenuidade, que não terão fome amanhã. E quando esta se apresenta novamente, não têm onde recolher o alimento.

Assim agem os ingratos.

Toldam a água da fonte que os dessedentou; queimam o trigal que lhes deu o pão; cortam a planta frutífera que os alimentou; afastam o amigo generoso que os socorreu.

Em contrapartida, vivem a sós, amesquinha dos, em si mesmos por conhecerem o íntimo.

Desconfiados, neurotizam-se; arbitrários, são desamados; soberbos, passam ignorados.

*

Não te preocupes com os ingratos dos teus caminhos de amor.

Prossegue, ofertando luz, sem te inquieta res com a teimosia da treva.

Onde acendas uma lâmpada, a claridade aí derramará dádivas.

Os teus beneficiários que te abandonaram, esqueceram ou se voltaram contra ti, aprenderão com a vida e compreenderão, mais tarde, o que fizeram.

Recordarão das tuas atitudes e buscarão passar adiante o que de ti receberam.

Não é, portanto, importante, o tratamento que te dêem em retribuição, mas sim, o que prossigas fazendo por eles.

Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Jesus e Atualidade.

Joanna de Ângelis

Um Espírito Amigo: Desta forma, são assinadas duas mensagens em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. IX, item 7 (A paciência) e cap. XVIII, item 15 (Dar-se-á àquele que tem).

Convidada pelos espíritos superiores a integrar a equipe do Espírito de Verdade, que traria à Terra a Terceira Revelação, em verdade, iniciou sua trajetória cristã nos tempos primeiros da Boa Nova.

Chamava-se então Joana , esposa de Cusa, intendente de Ântipas. Ouvindo Jesus, encanta-se pela mensagem. especialmente por ser uma mulher que sofria, conforme nos relata pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, o espírito Humberto de Campos, pela indiferença do marido.

Vestindo-se de forma simples, para não ser percebida, embora não deixasse de o ser, Joana de Cusa em meio ao povo, nas pregações do lago, ouvia atentamente o meigo Rabi. Absorve-lhe os ensinos e os segue.

Após a morte do esposo, necessita prover a sua e à subsistência do filho. Torna-se serva em casa de família abastada que mais tarde se transferiria para Roma, levando ambos.

Foi ali em uma tarde de agosto do ano 68 d.C. que Joana de Cusa foi martirizada com seu filho e mais de quinhentos cristãos, que tiveram seus corpos queimados de tal forma que as chamas iluminaram a cidade.

Quando , no século XII, o Sol de Assis brilhou entre os homens, Joana retornou à terra tomando vestes femininas outra vez e servindo em uma das ordens fundadas por Clara de Assis.

No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce em 1651, em uma cidadezinha a 81km da cidade do México, San Miguel Nepantla e recebe o nome de Juana de Asbaje y Ramirez de Santillana.

Aos três anos, aprende a ler. Aos cinco, faz versos. Aos treze anos, está na corte mexicana, tão pomposa e brilhante quanto a corte européia e ali mostraria seus dotes literários, escrevendo poemas de amor, ensaios e peças teatrais, que até hoje são citados e representadas em programas de rádio e TV.

Como sua sede de saber fosse mais forte que a ilusão de brilhar na Corte, ingressou no Convento das Carmelitas Descalças e, mais tarde, transferiu-se para a Ordem de São Jerônimo da Conceição, tomando o nome de Sóror Juana Inés de la Cruz.

Ficou conhecida como a Monja da Biblioteca, intercambiando conhecimentos e experiências com intelectuais europeus e do Novo Mundo. Estudava, escrevia poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Criou fama como pintora miniaturista, fez-se competente em teologia moral, dogma, medicina, astronomia e direito canônico.

Aprendeu o latim e o português.

Morreu em 1695, aos 44 anos de idade, durante uma epidemia de peste na região, após socorrer durante dias inteiros as suas irmãs religiosas enfermas.

Sessenta e seis anos após, ela renasceu na cidade do Salvador (BA), como Joana Angélica.

Ingressando no Convento da Lapa, como franciscana, atestando o seu “amor de ternura infinita por aquele que é o irmão da natureza” (2), tomou o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus.

Foi a conselheira que, na calada da noite, deixava sua cela e se dispunha a ouvir e aliviar as dores dos corações sofridos de muitas daquelas mulheres, simplesmente trancadas no convento, por decisão familiar e que traziam a tormenta na alma desejosa de viver de outra forma.

Em 1815 tornou-se Abadessa do Convento e, no dia 20 de fevereiro de 1822, morreu “defendendo corajosamente o Convento, a casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam(...)”(2) , sendo “(...) assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil.”(2) Tinha 61 anos de idade.

No dia 5 de dezembro de 1945, esse espírito amigo iniciou a orientar, inspirar e manifestar-se mediunicamente através de Divaldo Pereira Franco. Em 1949, iniciaria seu trabalho de ensaio psicográfico junto ao médium. Várias das suas mensagens figuraram nas páginas da revista “O Reformador” da Federação Espírita Brasileira, em 1956, todas assinadas por “Um espírito amigo”. Nesse mesmo ano, ela se revelaria como Joanna, e passaria a se assinar Joanna de Ângelis, brindando-nos com sua primeira obra psicografada em 1964, Messe de Amor. Depois dessa, sua produção tem sido incessante.

Por sua iniciativa, criou-se na Bahia, uma cópia imperfeita da Comunidade onde ela estagia no Plano Espiritual, dando origem à Mansão do Caminho, iniciada em 1947.

É esse espírito amigo que nos exorta na última mensagem da sua obra “Após a tempestade”: “(...) E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos. Jesus espera: avancemos.”

Fonte bibliográfica:
1. Boa Nova, Humberto de Campos/ Francisco Cândido Xavier.
2. A veneranda Joanna de Ângelis, Celeste Santos e Divaldo P. Franco.

 Principais obras

Dentre os livros psicografados por Divaldo Franco, que trazem a assinatura de Joanna de Ângelis, sobressaem:

  • Messe de Amor - 1964 (mensagens, dedicadas ao centenário de O Evangelho Segundo o Espiritismo)

  • Dimensões da Verdade - 1965 (conceitos evangélicos e doutrinários)

  • Leis Morais da Vida - 1976 (análises sobre as Leis Divinas)

Da sua Série Psicológica:

  • Jesus e Atualidade- 1989

  • O Homem Integral- 1990

  • Plenitude - 1991

  • Momentos de Saúde - 1992

  • “Momentos de Consciência" - 1992

  • O Ser Consciente- 1993

  • Autodescobrimento: Uma Busca Interior - 1995

  • Desperte e seja feliz- 1996

  • Vida: Desafios e Soluções - 1997

  • Amor, imbatível amor- 1998

  • O Despertar do Espírito- 2000

  • Jesus e o evangelho a luz da psicologia profunda- 2000

  • Triunfo Pessoal - 2002

  • “Conflitos Existenciais" - 2005

  • "Encontro com a paz e a Saúde" - 2007

  • "Atitudes Renovadas" - 2009

  • Em Busca da Verdade - 2009

  • "Psicologia da Gratidão" - 2011

Ressalta-se também a "Série Momentos", com temas sobre alegria, meditação, saúde, felicidade entre outros.

 Sucessivas reencarnações - Resumo histórico

No século I, vivera como Joana de Cusa, uma das maiores colaboradoras da obra de Jesus, inclusive citada no evangelho como uma das mulheres piedosas, tendo sida queimada viva ao lado de seu único filho, juntamente com outros cristãos no Coliseu de Roma.

Em 12/11/1651 nascia no México Sór Juana Inés de La Cruz, tendo sida a maior poetisa da língua hispânica; muito competente em teologia, medicina, direito canônico e astronomia. Foi teatróloga, musicista, pintora e poliglota. Falava e escrevia, fluentemente, seis idiomas.

Em 11/12/1761 nascia em Salvador-Bahia Sóror Joana Angélica de Jesus que posteriormente tornou-se freira. Em 1822, em defesa da honra das jovens do seu Convento, foi assassinada por um soldado português, tornando-se mártir da independência do Brasil.

Joanna de Ângelis também vivera no século XIII (De 16/07/1194 à 11/08/1253). Ficou conhecida como irmã Clara de Assis. Fundadora da ordem feminina Franciscana. Mais tarde, em 15 de agosto de 1255 foi canonizada pelo papa Alexandre IV como Santa Clara de Assis. (Clara de Assis)

Hoje, vivendo na espiritualidade e assumindo o nome de Joanna de Ângelis, é um dos guias espirituais da humanidade, realizando uma experiência educativa e evangélica de altíssimo valor, inclusive publicando diversas obras literárias, milhares de mensagens, traduzidas em diversos idiomas, transcritas em braile, reproduzidas em áudio, e todas distribuídas por vários países do mundo.

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